Evidências De Que Jesus Era O Messias
Jesus – O Prometido Messias (Parte II)
Fortes evidências havia para se crer em Jesus como sendo o esperado Messias. Os próprios discípulos de Jesus demonstraram essa emoção quando ouviram as Suas palavras. Um jovem judeu chamado André, depois de ouvir a Jesus, correu ao encontro de seu irmão Simão Pedro e disse-lhe: “...Achamos o Messias.” João 1:41. Posteriormente, um outro judeu de nome Filipe, ao se encontrar com Natanael, disse-lhe: “...Acabamos de achar aquele de quem escreveram Moisés na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.” João 1:45.
Quais provas eles tinham para demonstrarem toda essa certeza? Consideremos apenas três linhas de evidência:
1. A LINHAGEM DE JESUS
A linhagem de Jesus estabelece a primeira base para identificá-Lo como o prometido Messias. Deus havia dito a seu servo Abraão que a prometida Semente viria de sua família:
“E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à Minha voz.” Gênesis 22:18.
Da mesma forma Isaque, filho de Abraão; Jacó, filho de Isaque; e Judá, filho de Jacó; todos eles receberam uma promessa similar. (ver Gênesis 26:2-5; 28:12-15 e 49:10).
Essa promessa também foi feita ao profeta Davi:
“Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, que sair das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino.” II Samuel 7:12.
Os evangelhos de Mateus e Lucas confirmam que Jesus veio através a linhagem dessas famílias:
“Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.” Mateus 1:1 (ver também Lucas 3:23-38).
Segundo as Escrituras Sagradas, o Messias precisaria necessariamente descender de Davi, o que implicaria em uma descendência paterna para fins de dinastia.
2. O TESTEMUNHO DE DEUS
O testemunho de Deus é a segunda linha de evidência que confirma o messiado de Jesus.
Ao rei de Israel, Davi, Deus prometeu que da sua descendência viria o Messias:
“Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, que sair das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino.” II Samuel 7:12.
A concretização dessa promessa deu-se pelas palavras trazidas pelo anjo Gabriel a Maria:
“Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai.” Lucas 1:30-32.
O apóstolo Pedro em seu discurso, fala a respeito do cumprimento dessa promessa feita por Deus ao rei Davi, conforme relatado em II Samuel 7:12:
“Varões irmãos, seja-me lícito dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura. Sendo pois ele profeta e sabendo que Deus lho havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria a Cristo para O assentar sobre o seu trono.” Atos 2:29-30.
É bom lembrar que “Cristo” tem o significado de “Ungido” ou “Messias”.
Outra confirmação vinda do próprio Deus foi quando Jesus foi batizado por João Batista. Uma voz do Céu Lhe falou:
“Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre Ele. E eis uma voz dos céus que dizia: Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo.” Mateus 3:16-17.
Sem dúvida, neste momento Jesus recebeu do Pai toda a honra e glória, segundo as palavras do apóstolo Pedro:
“Porquanto Ele recebeu de Deus o Pai honra e glória, quando pela glória magnífica Lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo.” II Pedro 1:17.
Como duvidar das palavras do próprio Deus?
3. PROFECIAS CUMPRIDAS
Profecias cumpridas é a terceira linha de evidência. Um grande número de profecias das Escrituras Sagradas descreve vários aspectos da vida do Messias.
a) O ministério do Messias
O ministério do Messias foi profetizado pelo profeta Isaías:
“Paira sobre mim o espírito do Eterno, porque Ele me ungiu para que eu trouxesse aos humildes boas novas; Ele me enviou para que confortasse os que estão de coração partido, para proclamar liberdade aos cativos e abrir os olhos dos que os têm cerrados; para proclamar o ano da boa vontade do Eterno...” Isaías 61:1-2.
O cumprimento dessa profecia foi relatado pelo evangelista Lucas. Chegando a Nazaré, Jesus entrou numa sinagoga no dia de sábado, e, segundo seu costume, levantou-se para ler:
“Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías; e abrindo-o, achou o lugar em que estava escrito: O espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e para proclamar o ano aceitável do Senhor. E fechando o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta escritura aos vossos ouvidos.” Lucas 4:17-21.
Foi profetizado pelo profeta Isaías que o Messias iria iniciar Seu ministério na terra de Zebulom e na terra de Naftali, o caminho do mar, além do Jordão, levando a eles uma grande luz:
“Mas para a que estava aflita não haverá escuridão. Nos primeiros tempos, ele envileceu a terra de Zebulom, e a terra de Nafali; mas nos últimos tempos fará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, a Galiléia dos gentios. O povo que andava em trevas viu uma grande luz; e sobre os que habitavam na terra de profunda escuridão resplandeceu a luz.” Isaías 9:1-2.
Depois de ser tentado por Satanás, Jesus retirou-Se para a Galiléia, cumprindo assim o que havia sido profetizado:
“Ora, tendo ouvido Jesus que João fora entregue, retirou-se para a Galiléia; e, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zabulom e Naftali; para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías: A terra de Zabulom e a terra de Naftali, o caminho do mar, além do Jordão, a Galiléia dos gentios, o povo que estava sentado em trevas viu uma grande luz; sim, aos que estavam sentados na região da sombra da morte, a estes a luz raiou.” Mateus 4:12-16.
b) A morte do Messias
Muitas profecias cumpriram-se na morte do Messias: Ele foi traído por um dos discípulos com 30 moedas de prata; contra Ele foram usadas falsas testemunhas; Ele foi enterrado com os ricos; etc. O profeta Davi predisse que sortes seriam lançadas pela Sua roupa:
“Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam sortes.” Salmos 22:18.
Essa profecia cumpriu-se quando Jesus foi crucificado:
“Tendo, pois, os soldados crucificado a Jesus, tomaram as suas vestes, e fizeram delas quatro partes, para cada soldado uma parte. Tomaram também a túnica; ora, a túnica não tinha costura, sendo toda tecida de alto a baixo. Pelo que disseram uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será, para que se cumprisse a escritura que diz: Repartiram entre si as minhas vestes, e sobre a minha vestidura lançaram sortes. E, de fato, os soldados assim fizeram.” João 19:23-24.
O profeta Davi também predisse que nenhum osso do corpo do Messias seria quebrado:
“Ele lhe preserva todos os ossos; nem sequer um deles se quebra.” Salmos 34:20.
O evangelista João relata o cumprimento dessa profecia, nas seguintes palavras:
“Foram então os soldados e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele fora crucificado; mas, vindo a Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; ... Porque isto aconteceu para que se cumprisse a escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado.” João 19:32, 33 e 36.
A Páscoa era a comemoração do livramento dos israelitas do Egito. Começava no décimo quarto dia, à tarde, isto é, às vésperas do décimo quinto dia do mês de Nisã, com a refeição sacrificial, quando um cordeiro inteiro era assado e comido pelos membros de uma família com ervas amargas e pães ázimos. A ordem de Deus era que não se quebrasse osso algum desse cordeiro (ver Êxodo 12:46). Como o cordeiro pascal era uma representação do Messias e para que se cumprisse a profecia, nenhum osso do corpo de Jesus podia ser quebrado.
Essas são apenas algumas das centenas de outras evidências claras a respeito da pessoa de Jesus, as quais O identificaram como sendo o verdadeiro Messias esperado pelo povo de Israel.
Além dessas evidências apresentadas, o Messias cumpriu fielmente o Seu papel de:
a) anunciar os desígnios de Deus àquela geração;
b) levar os judeus a uma compreensão mais profunda da lei;
c) preparar uma geração de justos que divulgariam Sua mensagem primeiramente a todo o povo de Israel e em seguida a todos os habitantes da terra;
d) divulgar a iminência do Seu retorno e do juízo divino.