I – INTRODUÇÃO

Durante o período dos juízes, Deus levantou heróis nacionais com o objetivo de livrar o Seu povo de seus inimigos. Um desses heróis escolhidos por Deus foi Sansão, que julgou Israel por vinte anos. Ele foi um homem dotado de incrível força física, mas teve que sofrer sérias conseqüências ao revelar o segredo de sua força a uma mulher da Filístia, nação fronteiriça com Israel, que exercia naquela época posição dominante sobre o povo de Deus.

Apesar de ele ser descrito equivocadamente pela maioria dos cristãos como arrogante, passional, teimoso e luxurioso, a Palavra de Deus, porém, o apresenta como um grande herói, ao detalhar sua árdua missão de cumprir os propósitos de Deus, dando início ao processo de libertação de Israel do domínio dos filisteus (Juízes 13:5). O pano de fundo histórico também é bastante complicado. Quando nasceu Sansão, o povo de Israel estava atravessando um período de profunda apostasia. Desviara-se da verdadeira fé, passando a servir e adorar falsos deuses e fazer o que era mau aos olhos de Deus (Juízes 13:1). Como conseqüência, Deus entregou os israelitas na mão dos filisteus, sendo por eles explorados durante quarenta anos.

A história de Sansão está intimamente ligada aos filisteus, um povo que ocupou uma área de terras a sudoeste de Canaã, que se estendia ao longo do mar Mediterrâneo, desde um ponto perto de Jope, no lado Norte, até Gaza, no lado Sul. Os filisteus eram inimigos declarados de Israel. Eles eram politeístas, sendo que os seus principais deuses eram: Dagon, Baal-Zebube e Astarote. O seu poderio econômico e militar estava centrado em cinco cidades: Gaza, Ascalom, Asdode, Ecrom e Gate.

De acordo com a Palavra de Deus, os filisteus se originaram de Casluim, o qual era um dos filhos de Mizraim, da descendência de Cão (ver Gênesis 10:6, 13 e 14). As Sagradas Escrituras relatam que há muito tempo atrás, na época de Abraão e de seu filho Isaque, os filisteus já haviam se estabelecido em Gerar, na parte meridional de Canaã. Eles tinham um rei, cujo nome era Abimeleque e um exército sob o comando de Ficol (ver Gênesis 20:1, 2; 21:32-34; 26:1-18).

Depois que os israelitas foram libertados da escravidão egípcia, Deus decidiu não guiá-los pelo “caminho da terra dos FILISTEUS, se bem que fosse mais perto; porque Deus disse: Para que porventura o povo não se arrependa, vendo a guerra, e volte para o Egito.” Êxodo 13:17.

Mesmo depois, quando o idoso Josué repartiu a terra ao oeste do Jordão, os territórios filisteus continuaram intocáveis (Josué 13:2 e 3). Com base no que está escrito na Palavra de Deus, os filisteus e outras nações permaneceram em Canaã com o objetivo de testarem a obediência de Israel a Deus:

“Estas são as nações que o Senhor deixou ficar para, por meio delas, provar a Israel, a todos os que não haviam experimentado nenhuma das guerras de Canaã; ...Estas nações eram: cinco chefes dos FILISTEUS, todos os cananeus, os sidônios, e os heveus que habitavam no monte Líbano, desde o monte Baal-Hermom até a entrada de Hamate. Estes, pois, deixou ficar, a fim de por eles provar os filhos de Israel, para saber se dariam ouvidos aos mandamentos do Senhor, que Ele tinha ordenado a seus pais por intermédio de Moisés.” Juízes 3:1-4.

Muitas vezes os israelitas falharam no teste por adotar a adoração falsa. Nestas ocasiões Deus entregava o povo de Israel nas mãos de seus inimigos. Mas, quando clamavam a Ele por ajuda, Ele misericordiosamente suscitava juízes para libertá-los (Juízes 2:18).

Sansão foi um desses juízes suscitados por Deus para salvar Israel da mão dos inimigos. A história desse homem de fé é empolgante e nos mostra de forma extraordinária como Deus faz cumprir Seus propósitos para sustentar Seu testemunho entre o Seu povo.

II – O ANÚNCIO DO NASCIMENTO DE SANSÃO

Assim como outros personagens bíblicos proeminentes, tais como Isaque, José, Samuel e João Batista, Sansão também foi filho de uma mulher considerada inicialmente estéril. Seu pai era Manoá, da tribo de Dã, considerado um homem de grande virtude, que viveu com sua mulher (cujo nome não é citado nas Escrituras Sagradas) na cidade de Zorá, distante aproximadamente 24 km a oeste de Jerusalém, na fronteira com a Filístia.

Um dia um anjo apareceu à mulher de Manoá, que até então não tinha filhos, por ser estéril, para dizer que finalmente ela conceberia um filho. Disse o anjo:

“Eis que és estéril, e nunca deste à luz; porém conceberás, e terás um filho. Agora pois, toma cuidado, e não bebas vinho nem bebida forte, e não comas coisa alguma impura; porque tu conceberás e terás um filho, sobre cuja cabeça não passará navalha, porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel da mão dos filisteus.” Juízes 13:3-5.

A mulher procurou o esposo e repetiu a ele a mensagem dada pelo anjo. Receosos de que cometessem algum erro na importante obra a eles confiada, Manoá suplicou ao Senhor, dizendo: “Ah! Senhor meu, rogo-te que o homem de Deus, que enviaste, venha ter conosco outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer.” Juízes 13:8.

A oração foi atendida. Quando o anjo apareceu pela segunda vez, Manoá fez-lhe a seguinte indagação: “Quando se cumprir a tua palavra, como deverá ser a vida do menino, e que trabalho fará?” Juízes 13:12. A mesma instrução dada anteriormente foi repetida pelo anjo: “De tudo o que proibi a esta mulher deverá ela abster-se. De tudo o que procede da videira não provará; nem vinho, nem bebida fermentada, nem comerá coisa alguma impura. Tudo o que lhe prescrevi deve ela observar.” Juízes 13:13 e 14.

Quanto ao menino que haveria de nascer, um único item da lei do nazireado foi sobremaneira ressaltado pelo anjo: “...navalha não passará sobre a sua cabeça.”Juízes 13:5 . Deve-se notar, contudo, que a lei do nazireado conforme está registrado em Números 6:2-9, era aplicada somente às pessoas que voluntariamente faziam o voto. Nesse quesito a lei requeria o seguinte “Quando alguém, seja homem, seja mulher, FIZER VOTO ESPECIAL DE NAZIREU, a fim de se separar para o Senhor, ...” Nada consta, no caso de Sansão, que ele tenha feito esse voto especial, no entanto, o requisito que se aplicava a ele era o que foi especificamente declarado à mãe dele pelo anjo de Deus, uma vez que a ela foi dito que teria um filho “sobre cuja cabeça não passará navalha, porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ventre de sua mãe”. Juízes 13:5.

No tempo devido, a promessa feita a Manoá foi cumprida. O menino nasceu e foi-lhe dado o nome de Sansão. Ele seria aquele que tomaria a dianteira para salvar Israel da mão dos filisteus. As Sagradas Escrituras relatam que “o menino cresceu e o Senhor o abençoou.” Juízes 13:24.

III – OS PRIMEIROS CONTATOS DE SANSÃO COM OS FILISTEUS

Quando Sansão tornou-se adulto, dirigiu-se a Timnata, cidade situada aproximadamente 8 km a oeste de sua terra natal. Lá ele viu uma mulher dentre as filhas dos filisteus, que lhe conquistou as afeições, decidindo fazer dela sua esposa. Ao retornar para sua casa, Sansão transmitiu esse assunto aos seus pais, pois, segundo o costume daquela época, cabia a eles aprovar e acertar o casamento. Diz o relato bíblico que eles inicialmente se recusaram a aprovar seu pedido e aproveitaram a oportunidade para fazer-lhe uma pergunta sarcástica:

“Não há mulheres entre as filhas dos teus irmãos e no seio de todo o teu povo, para que vás procurar mulher entre os incircuncisos filisteus?” Juízes 14:3.

Os pais de Sansão não perceberam que Deus estava por trás daquele pedido e que Ele estava preparando uma ação contra os filisteus, os quais naquele tempo dominavam sobre o povo de Israel (Juízes 14:4). Por isso, neste caso específico, é um equívoco imaginar que Sansão tenha praticado um ato de desobediência às ordens divinas, por ter tomado uma mulher filistéia.

Mas Sansão respondeu a seu pai: “Tomai-me esta, porque ela agrada aos meus olhos.” Juízes 14:3.

Após o pedido de Sansão ter sido finalmente aceito por seus pais, estes resolveram acompanhá-lo até Timnata a fim de realizarem os arranjos para o casamento. Quando se aproximaram da cidade, Sansão confrontou-se com um leão novo jubado. Dotado de poder pelo espírito de Deus, desarmado e com a força das mãos despedaçou o animal como se fosse um cabrito. Ele resolveu manter este ato em segredo da mãe e do pai (Juízes 14:5 e 6). Eles seguiram caminho até Timnata e lá tiveram o encontro com a moça filistéia, com a qual desejou casar-se.

Algum tempo depois, Sansão voltou a Timnata para oficializar o seu casamento. Afastando-se do caminho para ver o cadáver do leão que matara anteriormente, ele encontrou dentro dele um enxame de abelhas e também mel. Ao prosseguir o seu caminho, Sansão comeu o mel de seus favos e leva um pouco para os seus pais, sem dizer-lhes da sua procedência.

Ao chegar à cidade, o pai de Sansão concluiu os arranjos para as bodas. Segundo o costume, Sansão ofereceu um banquete de sete dias, sendo convidados para esta festa 30 jovens de Timnata, indicados pelos filisteus para atuarem como padrinhos dele. No banquete de casamento Sansão desafiou os moços a decifrarem um enigma. Se apresentassem a solução do enigma, ele lhes daria trinta peças de linho e trinta roupas de festa. Caso falhassem, eles teriam que dar a ele as trinta peças de linho e as trinta roupas de festa.

O enigma envolvia um leão que Sansão tinha matado, sem que alguém o soubesse, tendo encontrado no interior de sua carcaça um enxame de abelhas e mel. O enigma era o seguinte:

“Do que come saiu comida, e do forte saiu doçura.” Juízes 14:14.


IV – OS ENFRENTAMENTOS DE SANSÃO NO ARRAIAL DOS FILISTEUS

Depois que Sansão lançou o desafio àqueles jovens filisteus, passaram-se três dias, e como eles ainda não tinham conseguido decifrar a charada, iniciaram suas investidas contra a esposa de Sansão, a qual foi ameaçada de morte por aqueles jovens filisteus, caso ela não conseguisse descobrir a solução do enigma. Ao completar-se o prazo e diante da ameaça daqueles jovens, a esposa de Sansão tanto fez e tanto importunou Sansão, que ele finalmente lhe revela o enigma. Muito atemorizada ela declara o enigma aos filhos do seu povo. Então, no sétimo dia da festa, antes do por do sol, os jovens filisteus frustram o plano de Sansão, com a seguinte pergunta:

“O que é mais doce que o mel e o que é mais forte do que o leão?” Juízes 14:18.

Furioso por terem usado a sua mulher para atingirem os seus objetivos (ver Juízes 14:18 - última parte), o espírito de Deus poderosamente se apossou dele e em seguida ele se dirige a uma das cinco grandes cidades filistéias, Ascalon, distante aproximadamente 40 km da costa do Mediterrâneo. Lá ele matou 30 homens, tirou-lhes as roupas de festa e as entregou aos que lhe tinham apresentado a solução do enigma. Após esse incidente, Sansão voltou para a casa de seu pai. Quando se acalmou o suficiente para voltar para a sua mulher, Sansão constatou que, por decisão de seu sogro, ela tinha sido dada ao companheiro que lhe tinha servido de acompanhante de honra. O seu sogro impediu que ele tivesse contato com ela, apresentando a seguinte alegação:

“Na verdade, eu pensei que você a odiava completamente, então a dei ao seu acompanhante. Contudo, a irmã mais nova dela não é ainda mais bonita? Por que você não a toma no lugar da irmã?” Juízes 15:2.

Diante dessa injustiça Sansão teve mais uma oportunidade de se vingar dos filisteus. Ele capturou 300 raposas, prendeu tochas em suas caudas, acendeu-as e soltou os animais nos campos de cereais, os quais estavam prontos para a colheita, nos vinhedos e nos olivais dos filisteus.

Em represália, os filisteus queimaram a mulher de Sansão e o pai dela, ao considerarem que todo o prejuízo sofrido resultara do tratamento que o sogro dispensara ao Sansão. Com mais este ato, os filisteus deram ao Sansão mais um motivo para ele revidar e provocar uma grande carnificina entre os filisteus (ver Juízes 15:8). Após esta chacina, Sansão escondeu-se numa caverna em Etã, território de Judá, longe da fronteira da Filistéia.

Enquanto descansava na caverna, o exército dos filisteus, procurando vingar-se de Sansão, montou acampamento em Judá e em seguida atacou a cidade de Leí. Após tomar conhecimento dos motivos do ataque, a tribo de Judá envia 3.000 homens até a caverna em Etã a fim de convencerem Sansão a se entregar. Com a sua concordância, eles amarraram os seus braços com duas cordas novas e levaram-no aos filisteus. Estes, exultantes, prepararam-se para receber Sansão. Mas o espírito de Deus novamente agiu sobre ele poderosamente. As cordas tornaram-se tão fracas quanto o linho quando abrasado pelo fogo e as mesmas caíram de seus braços. Tomando uma queixada fresca de jumento, Sansão matou sozinho 1.000 homens, atribuindo posteriormente esta vitória a Deus. Logo após este feito, Deus, em resposta ao pedido de Sansão, proveu-lhe milagrosamente água para saciar-lhe a sede (ver Juízes 15:19).

Algum tempo depois, Sansão apareceu em Gaza, outra cidade importante dos filisteus, situada perto da costa, onde viu uma prostituta e entrou em sua casa para passar a noite. As notícias de sua chegada se espalharam pela cidade. Os cidadãos prepararam uma emboscada e o plano era de esperar até o raiar do dia para então matá-lo. Todavia, Sansão ficou deitado até a meia noite, quando ele se levantou e arrancou do muro de Gaza os portões da cidade, bem como os dois batentes e a tranca. Ele levantou-os sobre seus ombros e carregou-os por 70 km até o alto da montanha que fica defronte de Hebron (ver Juízes 16:1-3).

O fato de Sansão realizar esta espantosa façanha indica que ele ainda tinha a seu favor o espírito de Deus. Ele certamente não teria recebido esse poder se o seu envolvimento com a prostituta tivesse sido para fins imorais. É falsa a interpretação de que Sansão foi a Gaza com o objetivo de visitar uma meretriz. Todas as ações de Sansão atendiam os propósitos de Deus, que buscava ocasião contra os filisteus. Ao ser considerado inimigo nacional, não lhe restava outra opção, senão pousar na casa de uma prostituta. A linguagem empregada neste caso não é diferente daquela empregada com referência à pousada dos espias na casa de Raabe (ver Josué 2:1).


V – SANSÃO É TRAÍDO POR DALILA

A história mais conhecida de Sansão é de seu amor por Dalila. Não há certeza de que ela era uma filistéia, tendo em vista o seu nome ser de origem semita, cujo significado no hebraico é: “sedutora”. Ela morava no vale de Soreque, distante aproximadamente 20 km a sudoeste de Jerusalém, cujo vale era conhecido por suas ótimas uvas. Dalila aparece no relato bíblico perto do fim dos 20 anos de juizado de Sansão. Ela era uma mulher muito ardilosa, gananciosa e traiçoeira. Os cinco chefes dos filisteus (cfe. Juízes 3:3) ofereceram a Dalila um fantástico suborno (1.100 peças de prata cada um), para que ela desvendasse o segredo da extraordinária força física de Sansão.

Três vezes Dalila perguntou a Sansão sobre o segredo de sua força e três vezes Sansão lhe deu respostas enganosas, inventando uma escravização absurda, mas supostamente mágica, deixando-se amarrar primeiramente com sete tiras de couro frescas, depois com cordas novas e na terceira vez disse que se ela tecesse as sete tranças da sua cabeça em um tear, ele se tornaria fraco e seria como qualquer outro homem (ver Juízes 16:6-15).

Após pressioná-lo e importuná-lo até ele cair num mortal desfalecimento (Juízes 16:16), Sansão finalmente cedeu e lhe fez a seguinte revelação:

“Nunca passou navalha pela minha cabeça, porque sou nazireu de Deus desde o ventre de minha mãe; se viesse a ser rapado, ir-se-ia de mim a minha força, e me tornaria fraco, e seria como qualquer outro homem.” Juízes 16:17.

Imediatamente Dalila envia o recado aos chefes filisteus, insistindo que viessem mais esta vez, porque ele finalmente havia lhe contado a verdade. Dalila foi ressarcida em seguida pelos chefes filisteus pelo trabalho executado. Ela o tinha feito dormir em seu colo e depois, com a ajuda de um homem, mandou cortar as sete tranças da cabeça de Sansão e em seguida o entregou aos filisteus. Ao acordar, Sansão não tinha mais aquela força extraordinária, pois Deus tinha se retirado dele. Delirantes de triunfo, os filisteus lhe vazaram os olhos e levaram-no para Gaza, preso em grilhões de bronze, impondo-lhe a humilhante tarefa de empurrar uma mó na prisão. O tempo passou e o seu cabelo havia crescido novamente.

Enquanto Sansão estava na prisão, os príncipes dos filisteus se reuniram no templo da cidade para oferecer um sacrifício a seu deus, Dagon, que era uma das principais divindades da filistéia. O templo estava lotado. Estavam lá todos os chefes dos filisteus e além deles, havia cerca de 3.000 homens e mulheres na galeria. Cheios de alegria, mandaram chamar Sansão para fora da prisão, para que lhes servisse de diversão. Como parte da celebração, eles expuseram seu poderoso inimigo e diziam que Dagon o entregara em suas mãos.

Depois que o puseram entre as colunas que sustentavam aquele templo, Sansão pediu ao menino que o segurava pela mão, que o deixasse tocar aquelas colunas. Pela última vez, Sansão clamou a Deus:

“Ó Senhor Deus! Lembra-te de mim, e fortalece-me agora só esta vez, ó Deus, para que duma só vez me vingue dos filisteus pelos meus dois olhos.” Juízes 16:28.

Deus ouviu o seu apelo. Sansão segurou então as duas colunas de sustentação e se encurvou com poder, fazendo o templo desmoronar. Sansão morreu entre os escombros, mas os que morreram com ele eram mais do que aqueles que ele matara durante seus 20 anos como juiz em Israel. Diz a Palavra de Deus que os parentes foram buscar o corpo dele e eles o enterraram entre as cidades de Zorá e Estaol, na sepultura de Manoá, seu pai.


VI - CONCLUSÃO

Ao entrar em território inimigo, Sansão mostrou seu destemor. Infelizmente a sua trajetória tem sido mal compreendida. Igualmente o caráter deste notável juiz de Israel tem sido depreciado por muitos sinceros cristãos. Ele se destacou não apenas por sua força física, mas por sua integridade e determinação em realizar a grandiosa obra para a qual foi designado por Deus.

Por isso o nome de Sansão consta justificadamente entre os homens que, pela fé, foram feitos poderosos. Está listado junto com Gideão, Baraque, Jefté, Davi e Samuel como homens que, por meio da fé, venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, tornaram-se poderosos em batalhas e puseram em fuga exércitos estrangeiros (ver Hebreus 11:32-34).

A promessa de Deus de que por meio de Sansão começaria a livrar a Israel da mão dos filisteus, foi cumprida. Anos mais tarde, o rei Davi terminou o trabalho começado por Sansão, ao derrotar os filisteus e encerrar seu domínio na região.